
URGENTE: João Paulo é absolvido da acusação de assassinar sua irmã Izadora Mourão em Pedro II
Por volta de 23h, o Juiz de Direito Diego Ricardo Melo de Almeida leu o resultado: João Paulo absolvido do crime. Já a mãe Maria Nerci foi condenada a 19 anos e 6 meses de reclusão.
Um júri que durou mais de 13 horas, tendo no banco dos réus a mãe e o irmão da vítima. Foi realizado hoje, dia 16 de março, na 2ª Vara da Comarca da cidade de Pedro II, região norte do Piauí, o julgamento de João Paulo e Maria Nerci, acusados de assassinar com várias facadas a advogada Izadora Mourão, crime ocorrido no dia 13 de fevereiro de 2021.
Por volta de 23h, o Juiz de Direito Diego Ricardo Melo de Almeida leu o resultado: João Paulo absolvido do crime. Já a mãe Maria Nerci foi condenada a 19 anos e 6 meses de reclusão por homicídio triplamente qualificado.
Para o Ministério Público o crime foi cometido pelos dois, motivados por uma herança de mais de R$ 4 milhões de reais, deixada pelo pai da vítima.
A defesa dos acusados argumentou que a mãe teria praticado o esfaqueamento sozinha e que o irmão não estaria na cena do crime.
MÃE DESCREVE COMO MATOU A FILHA
Em seu depoimento durante a Sessão do Tribunal do Júri, Maria Nerci afirma que Izadora ameaçava trabalhar para tirar o dinheiro da sua aposentadoria, e essa seria a motivação para tirar a vida da própria filha: “É hoje ou nunca, ou ela me mata primeiro. Aí eu peguei e dei o primeiro golpe. Foi muito forte, Parece que eu acertei em uma veia que mata mesmo, aí ela pegou no meu braço esquerdo e se virou. Ela queria se levantar para tomar a faca”, disse.
Diante da pergunta se havia arrependimento, ela disse que sim: “Eu me arrependo, por que toda mãe se apega ao filho. Tem momentos que a gente faz loucuras”.
IRMÃO DIZ SE SENTIR PREJUDICADO
Em seu depoimento, João Paulo afirmou que só soube que a mãe tinha se tornado ré quando já estava preso em Altos-PI: “Eu estou muito triste, sentido, de corpo e alma, pelo que minha mãe fez, que acabou me prejudicando e que causa revolta. Revolta da família, revolta em mim que estou sofrendo constantemente por isso. Eu como filho, o primeiro relato que ela me deu quado perguntei, é minha mãe, eu acreditei, porque ela sempre falou a verdade para os filhos e não tinha porque duvidar dela. Ficou aberto, deixou brechas”, disse.
OUTROS DEPOIMENTOS
A primeira pessoa a prestar depoimento foi Vanessa Fabrício, prima de Izadora. Ele confirmou a informação de que a mãe da vítima foi até sua casa para esconder a faca usada no dia: “Após o velório, mamãe pediu para a tia Nerci ir pegar a faca porque não queriam ela lá. Eu cheguei a pegar na faca e fiquei com medo de ser relacionada porque minhas digitais iriam aparecer na faca”.
O segundo depoimento foi do policial civil João Paulo. Para ele, seria impossível a mãe da vítima ter cometido o assassinato sozinha: "É impossível ela ter cometido o crime sozinha pela dificuldade que ela tem de locomoção. Izadora tinha força, dirigia uma D20 e andava a cavalo. Para a polícia, Dona Nerci e João Paulo foram os autores do crime", disse.
Quem também prestou depoimento foi o ex-namorado de Izadora, Marcos Antônio. Ele afirmou que ela chegou a lhe falar que encontrava em seu irmão características de um psicopata: “Ela disse outra vez: meu irmão tem o perfil de um psicopata. Já estudei e é o perfil do meu irmão. Ele não demonstra felicidade”, disse.
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