Uma ala de lideranças ligada a Paulo Martins abriu dissidência, declinou do apoio ao pré-candidato a deputado federal Florentino Neto (PT) e anunciou adesão a Viviane Moura, pré-candidata à Câmara Federal pelo Solidariedade. O movimento é confuso, mas ao mesmo tempo expõe fraturas que as pretensões de Florentino enfrenta em todo o estado.

A coluna apurou que a principal alegação das lideranças é a resistência que têm encontrado nas bases. Mais forte, porém, é o argumento -- que parece ser o real motivo –  das dificuldades de contato com próprio candidato. “Não atende telefone, não responde mensagem e a assessoria não funciona”, afirma uma fonte sob condição de anonimato.

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A campanha de Paulo Martins prefere afirmar que a dissidência é um caso isolado e uma decisão pessoal das lideranças. “Paulo Martins e seu grupo segue com Florentino”, diz um interlocutor do ex-prefeito ao confirmar que ele não está “dividindo” a base. É uma justificativa no mínimo confusa, já que Israel Gomes, chefe de gabinete de Paulo Martins, está entre os que aderiram à Viviane.

“A pré-candidata a deputada federal Viviane Moura (Solidariedade) recebeu nesta quarta-feira (15), em seu escritório político, quatro importantes lideranças da região de Campo Maior.  As lideranças vieram acompanhadas do chefe de gabinete do deputado estadual Paulo Martins, Israel Gomes, e firmaram compromisso à pré-campanha de Viviane Moura na eleição deste ano de 2022”, divulgou a campanha de Viviane em nota oficial.

A permanência de Paulo Martins com Florentino é garantida, mas não uma certeza. Por outro lado, o certo mesmo é que está aberto um precedente perigoso no grupo.