Piauiense que estuprou irmã tinha vida tranquila de garçom na Argentina
A polícia contou que pessoas que conviviam com ele na Argentina desconfiaram de algumas atitudes e entraram em contato com a polícia no Piauí
O ex-estudante de medicina Marcos Vitor Aguiar Dantas, condenado a 33 anos e oito meses de prisão por estupro de vulnerável contra uma irmã e uma prima em Teresina, adotou o nome falso de Pedro Saldanha, deixou o cabelo crescer e vivia tranquilamente como garçom na cidade de Mar del Plata, na Argentina.
Ele foi preso na manhã desta quinta-feira (19), depois de mais de um ano foragido. O delegado Anchieta Nery, atualmente integrante da Inteligência da Polícia Civil do Piauí, mas que comandou a Delegacia de Repressão a Crimes de Internet até o fim de 2022, contou que a primeira pista do paradeiro do ex-estudante aconteceu online.
"A polícia civil nunca descansou, a DPCA [Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente] e a Gerência de Polícia Especializada ficou por mais de um ano tentando localizá-lo. No fim do ano, surgiu uma informação dele na Argentina, a partir daí, o delegado [´Matheus] Zanatta nos acionou, para por meio dos dados cibernéticos confirmar essa identidade, se aquela pessoa que estava tendo uma vida tranquila na Argentina era ele, com o suposto nome de Pedro Saldanha", contou o delegado.
A polícia contou que pessoas que conviviam com ele na Argentina desconfiaram de algumas atitudes e entraram em contato com a polícia no Piauí. Ainda à distância, a polícia buscou confirmar a identidade do foragido.
Em seguida, de forma presencial, segundo o delegado, a polícia chegou a acompanhar de perto a rotina do foragido. Quando a identidade foi confirmada, a Polícia Civil do Piauí solicitou ajuda da polícia da Argentina e da Interpol.
"Ele tinha uma vida tranquila em Buenos Aires, mas quando ele viu que saiu a condenação, de 33 anos de prisão, isso pode ter mexido com a condenação dele e ele mudou de cidade, para Mal del Plata", contou.
Conforme legislação argentina, o jovem ficou incomunicável desde ontem, tendo contato apenas com um juiz. Assim, somente após alguns dias a Polícia Civil do Piauí terá acesso a ele para os procedimentos cabíveis de recambiamento. Inicialmente, o procedimento de extradição será feito pela Polícia Federal do Brasil.
Com informações do G1/PI
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